Por que a Educação ainda é falha?

Metade dos jovens entre 15 e 17 anos não estão matriculados no ensino médio. Pesquisa inédita mostra que a proporção dos que abandonaram a escola nessa etapa saltou de 7,2% para 16,2% em 12 anos.

O ensino médio é o maior desafio da educação do País.” Currículo inchado, com disciplinas demais para tempo de menos, ausência de um programa de ensino técnico integrado a essa etapa escolar, baixa remuneração dos Professores e inadequação do ensino médio à vida, às expectativas e às necessidades dos jovens compõem esse retrato desafiador”. Esperar cinco anos para agir é condenar uma geração que hoje tem entre 15 e 17 anos a não ter perspectivas de futuro.

Hoje, segundo pesquisa do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), 84,4% dos brasileiros com idade entre 15 e 19 anos usam a internet para estudar. Outros 25,9% recorrem a tablets e celulares. ­Enquanto isso, poucas escolas no País fazem uma integração real de conteúdo e tecnologia, embora 73,8% delas já contem com computador e internet. Este descompasso entre expectativas dos alunos e entrega da escola é forte gerador de desinteresse, mas não é o único.

Justificativas para a desistência dos jovens durante o ensino médio:

  1. Para ajudar a família/problemas familiares;
  2. Problemas com Professores / falta dos Professores;
  3. Preguiça / cansaço;
  4. Por causa do trabalho;
  5. Não gostava;
  6. Gravidez;
  7. Para seguir carreira artística.

Possíveis Soluções para cada um dos 7 itens levantados acima:

  1. Ensino da Espiritualidade, Jishoi. Ética. Valores humanos. Discussões sobre apego, sobre desapego, sobre educação moral e cívica (algo diferente: aula no parque, estudos de caso, a vida como ela é…). Autoconhecimento sempre é bem-vindo.
  2. Aumentar o salário dos Professores com mais produtividades (artigos, pesquisa, trabalhos em prol da comunidade, trabalhos extra-curriculares, mestrado, doutorado)
  3. Um programa de atividade física bem cedo, inserir esses jovens em atividades físicas todos os dias, no início do dia;
  4. Somente estudar. Nessa fase o jovem não poderia estar preocupado com outra coisa que não seja estudar. O Governo e iniciativa privada pesquisando e moldando todo o dia a dia desse jovem, o que ele precisa para chegar na escola? Transporte, alimentação, ciclovias…;
  5. Melhorar qualidade das aulas, pedagogia ativa, melhorar contexto e ambiente de estudo, despertar a curiosidade neste jovem;
  6. Conscientização sobre tal ato. Aguardar. Esperar o momento certo. Quais os malefícios de se engravidar tão cedo? Conscientização nas escolas. Um Programa de conscientização sexual;
  7. Programa de intervenção e discussões sobre as redes sociais. Exposição ao corpo, dinheiro fácil, ostentação, mortes, drogas….o que estamos assistindo atualmente é realmente relevante?

Em 1950, 50% da população eram analfabetos aqui no Brasil, enquanto que nos Estados unidos somente 1% da população era analfabeta.

Apesar da queda, que representa cerca de 200 mil pessoas, o Brasil tem ainda 11 milhões de analfabetos. São pessoas de 15 anos ou mais que, pelos critérios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não são capazes de ler e escrever nem ao menos um bilhete simples.

A verdade dos fatos é que a EDUCAÇÃO nunca foi prioridade aqui no Brasil. Fala-se, promete-se muita coisa e nada.

O valor da hora/aula de um Professor Universitário varia entre R$ 28.00 a R$ 70.00. Muitos profissionais Doutores se sujeitando (para não perder o emprego) a receber o salário de Especialista. Fora os currículos e planos de ensino totalmente engessados e por conta da falta de entrada de recursos (dinheiro), acabam retirando do currículo disciplinas importantes para o educando. Ou seja, virou um comércio. Ou melhor ainda, é a Faculdade querendo vender um Diploma o aluno querendo comprar e o Professor no meio de toda essa negociação querendo “atrapalhar o negócio” (com seu sistema de “dar” aula e avaliação da década de 80 ainda). Neste ponto torna-se uma bola de neve. As instituições de ensino não pagam bem, o Professor precisa dessa “grana” a qualquer custo, então, “talvez” eu não entregue tudo, pela conta não fechar nesta negociação, custo X benefício. Quem perde? O ALUNO. Não somente o aluno, o País, a sociedade. Falo isso com muita propriedade, pois vejo a dificuldade dos alunos em saírem para o mercado de trabalho, os mesmos precisam de cursos de extensão, muito curso de extensão (com prática), com aplicabilidade no dia a dia dele, a maioria das instituições de ensino não resolvem esse problema.

Valor da hora/aula de um Professor da rede pública é ridículo. O Professor não consegue ir para o seu trabalho tranquilo, ou seja, recebendo e produzindo por isso. Ai, os mesmos entram numa zona de conforto e um Mindset de que está tudo bem, mas na verdade, estão com dívidas até o pescoço. É o cartão de crédito estourado, é o pouco dinheiro guardado (em lugares errados)….por exemplo: POUPANÇA. Como fica o Supermercado no final do mês? Vejo os carrinhos (adoro ir ao Supermercado) cheios de “besteiras” ou comidas baratas (cheias de agrotóxicos) ou seja, a probabilidade desse Professor ficar doente é muito grande, consequentemente, a probabilidade do Professor faltar por sua saúde não estar nada bem, também é muito grande. Mas, como escrevi acima, os mesmos entram numa zona de conforto, muito perigosa, os canais de comunicação não ajudam em nada. Se você não virar a “chavinha”, não mudar sua maneira de enxergar o mundo, você continuará a receber as mesmas informações de sempre. Não espere as 7 ondas do final do ano, isso é pura mentira. Isso é pura auto sabotagem.

Se o governo não ajudar as Faculdades pagas, privadas, esquece! Ou até mesmo as escolas particulares, não vai dar certo…talvez aí também resolveríamos o lance da desigualdade aqui no Brasil. Uma verdadeira EDUCAÇÃO PARA TODOS! Os dois caminhos: Governo e Privatizações precisam estar juntos em prol da EDUCAÇÃO e não de quem vai ganhar a LICITAÇÃO!

Novamente levanto aqui a questão, que tipo de Educação estamos trazendo para os bancos escolares?  MATERIALISTA OU ESPIRITUALISTA?

 

Vejo dois problemas aqui: Primeiro: não sabemos precificar e muito menos planejar as coisas… Segundo: as altas taxas tributárias em nosso país, dificultam e segregam a educação.

Em 2017, existiam 4,458 milhões de empresas ativas no território nacional, segundo o Cadastro Central de Empresas (Cempre). Naquele ano, foram criadas 676 mil empresas, e 699 mil se tornaram inativas. Esse número é 0,5% menor do que o ano anterior, apresentando uma queda de 23 mil empresas líquidas. Aqui junta a parte de taxas e alta tributação do País com a falta de um planejamento e precificação de todo o Projeto.

716.000 empresas fecharam as portas desde o início da pandemia no Brasil, segundo o IBGE.

Possíveis Soluções parte II:

Ajudar no transporte desse aluno para a chegada dele na Universidade;

Comida de qualidade, sem agrotóxico, inclusive para os Professores. Pois precisam se alimentar bem para estarem bem. Pois, o aluno pode pensar assim: se o Professor não come a merenda ou não come comigo, qual a qualidade nutricional dessa merenda?;

Que cada curso dentro das Faculdades contribua para um sistema de estágio em seus últimos anos para a sociedade daquela região. Atendendo a população de forma a ajudá-la nesses serviços básicos (médico, dentista, professores….);

Horas complementares serem realmente complementares em sua pluralidade, entender sobre pessoas, entender sobre finanças, entender sobre espiritualidade, entender sobre você. O aluno realizar essa horas de forma multilateral e não somente para cumprir essas horas pela forma;

Aderência. Muitos Profissionais ministrando aulas sem ter a capacitação necessária para aquela disciplina, são chamados para resolverem o problema daquele semestre, daquele curso em específico. Melhorar esse quesito, tornará o ensino com maior qualidade para esses jovens;

Aulas ainda muito cansativas e novamente: sem aplicabilidade nenhuma em nosso cotidiano. Reflexo do salário? Da não participação dos lucros da empresa? Do plano de saúde “fodástico” e não o meia boca que é quase igual ao SUS. Falta investimento nesse Professor que está cansado de “apanhar” e não ver a cor do dinheiro no fim do mês.

Falta um olhar a mais para esse Profissional. Lógico que nem todos merecem, alguns precisam de um choque de realidade, um salto quântico em suas vidas, mas até entendo, tomaram tantas “porradas” que estão desacreditados.

Vejo isso quando chamo alguns deles para lecionarem na Double H, é impressionante como alguns não acreditam neles mesmos, deixaram de acreditar, se espantam com o seu real poder de atuação. Ficaram presos com o poder do “CLTreta”, onde eu só quero! Na hora de trabalhar, ah, hoje é segunda-feira, hoje é feriado, hoje “SEXTOU”, amanhã é sábado e domingo…e por ai vai….a produção é baixa, as pesquisas são poucas, a produtividade é baixa. Então, temos sim, alguma parcela de culpa nesta história toda. Precisamos mudar. Mas mudança dói! Tem que ser pelo prazer ou pela dor. Mas precisa mudar. Você precisa escolher.

Algumas indagações que pretendo explorar ainda como empresário em nosso país:

  1. Desejo saber o que está errado no sistema escolar;
  2. O que pode ser feito para estabelecer um sistema de ensino que garantirá a oportunidade de aprendizado para todas as crianças;
  3. Essa criança tem um cérebro (podem pensar por si só). Segundo, de que forma elas podem usar essa inteligência para trazer liberdade ou educação espiritual e econômica (educação financeira) para suas vidas, consequentemente, para suas futuras famílias;
  4. Qual a maior fraqueza do sistema escolar?
  5. Como essa fraqueza pode ser eliminada?
  6. As crianças ainda memorizam fatos, em vez de resolver problemas, ou melhor, como fazer que elas saiam de situações problemas? Acumulação de memórias. Tem solução?
  7. Ganhar créditos e boas notas não podem ser o pressuposto principal para irem a escola (mentes continuam vazias de autodeterminação). Elas precisam usar esse conhecimento nos assuntos práticos da vida.

 

Professor Dr. Caio Gracco

Obs.: Alguns dados desse artigo foram extraídos do site:

https://istoe.com.br/326686_O+MAIOR+PROBLEMA+DA+EDUCACAO+DO+BRASIL/

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